O PAIS é uma tecnologia social que garante tanto a subsistência dos agricultores familiares quanto a sustentabilidade do meio ambiente, por preservar a qualidade do solo e das fontes de água. Considerado um modelo circular de agricultura orgânica, o PAIS é difundido pela Fundação desde 2005. A Fundação já investiu mais de R$14,5 milhões nesse projeto. Além da subsistência, o excedente das culturas também costuma ser comercializado em feiras locais e adquirido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Este programa significa mais trabalho e renda no campo", afirma o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena.
A técnica do PAIS é simplificada e exige uma área de apenas 0,5 hectare. A produção é montada em um sistema de anéis destinados a culturas diferentes e complementares. O centro do círculo é utilizado para a criação de pequenos animais, como galinhas e patos, e o esterco deles é utilizado para adubar as plantações. Já as sobras dos plantios servem de alimentos para os bichos. A irrigação da plantação é feita por gotejamento, sistema que ajuda a economizar água e energia. Ao redor da unidade, pode ser criado o quintal agroecológico, que serve para reflorestamento, cultivo de frutas e de espécies nativas e comerciais. O PAIS é considerado uma tecnologia social, pois é uma técnica reaplicável desenvolvida na interação com a comunidade, além de ser uma solução para a transformação social.
Cada unidade PAIS pode atender uma família de até 5 pessoas e, atualmente, existem aproximadamente 6 mil unidades implantadas ou em fase de implantação no Brasil. No Distrito Federal, existem 100 unidades previstas. Já o estado de Goiás é o que apresenta o maior número de unidades implantadas, com 208 PAIS. A maioria das implantadas dessa região está concentrada no município de Cristalina (Entorno do DF), que conta com 46 unidades. Em Goiás, estão previstas ainda a construção de 280 modelos.
Atualmente, o PAIS integra o Programa de Geração de Trabalho e Renda da Fundação Banco do Brasil, em parceira com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), o Ministério da Integração Nacional e outras entidades. Esta técnica foi desenvolvida pelo agrônomo senegalês Aly N'diaye, que tem realizado treinamentos no Brasil como consultor do SEBRAE e da Fundação Banco do Brasil.
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